Eles querem entrar
sempre no mesmo rio.
As mesmas águas,
a mesma correnteza:
tempo inerte.
Eles querem cantar
sempre as mesmas canções.
A mesma voz,
a mesma melodia:
monótona sinfonia.
Eles querem vestir
sempre as mesmas roupas.
As mesmas cores,
os mesmos tons:
imagens redundantes.
Eles querem ler
os mesmos jornais.
As mesmas palavras,
as mesmas manchetes:
verdades ocultas.
Mas o mundo gira
a noite se faz dia.
O rio procura o mar,
o movimento é norma:
tudo se transforma.
Tibor Wonten, novembro de 2015.
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